Digestão Anaeróbia ganha força no Reino Unido

A empresa Virilon, do Reino Unido, assinou um contrato para implantar Digestão Anaeróbia em Somerset, a usina produzirá calor e energia a partir de resíduos orgânicos.

Foram investidos cerca de £2,3 milhões (aprox. R$ 7 milhões) para construção dos Biodigestores, de um total de £10 milhões (aprox. R$30,2 milhões) para todo o complexo, que tratará 30.000 toneladas de resíduos orgânicos e irá gerar mais de 1MW de energia anualmente.

Os resíduos devidamente separados, serão misturados com água, processados e transformados em Biogás, uma fonte limpa e renovável de energia. E eletricidade vai ser introduzida na Rede Elétrica Nacional e o material resultante do processo será utilizado como adubo de alta qualidade.

A construção civil ficará por conta da Encon, e os trabalhos iniciam este mês. A previsão é que a usina entre em operação em 2013.

via Waste Management World

Uso de resíduos é aposta para geração de energia na Alemanha

por Eduardo Carvalho

Importantes centros de pesquisas da Alemanha perseguem a meta de desenvolver formas de gerar energia elétrica a partir de mecanismos limpos capazes de substituir a potência energética de complexos atômicos, que serão desligados pelo governo alemão até 2022.
A intenção é aumentar a potência instalada de 56,5 GW dos meios renováveis para 163,3 GW até 2050, segundo estimativa feita pelo Ministério do Meio Ambiente do país.
Ainda sem um valor total de investimentos, há planos de implantar novas turbinas eólicas no mar e na terra, expandir o uso de hidrelétricas, elevar a participação da geração de energia solar e iniciar uso da tecnologia geotérmica (nascentes de água quente, como os gêiseres, ou mesmo utilizando o calor do interior da crosta terrestre).
Além disso, cientistas tentam aperfeiçoar tecnologias para geração de energia por biomassa ou biogás que empregam estrume de animais, restos de alimentos ou materiais desperdiçados na atividade madeireira para aquecer e iluminar moradias.

Alternativa
De acordo com Ursula Eicker, da Universidade de Ciências Aplicadas de Stuttgart, em Baden-Württemberg, o emprego da geração de energia de biomassa é um dos que mais vai crescer entre a população, principalmente pelo seu custo mais baixo.
Enquanto se gasta 10 mil euros para instalar placas de captação de luz solar para aquecimento de água e do ambiente interno da residência, uma miniusina de biomassa movida a pellets (pequenos pedaços de madeira) custaria 7 mil euros.
“Além de ser mais barata, a vantagem é que o consumo de energia elétrica por biomassa pode ocorrer todos os dias, diferentemente da solar, que é prejudicada em dias nublados”, disse a especialista.
Os pellets, extraídos de pinheiros plantados para esta finalidade, já são substituídos em áreas agrícolas por estrume de animais, gramíneas ou gordura de abatedouros, que viram combustíveis sólidos na geração de luz elétrica e calefação.

via Globo Natureza

Tratamento de resíduos pode ser lucrativo

por Kamila Pitombeira
via Portal Dia de Campo

Alternativas para restos sólidos e efluentes de pescado podem se reverter em receita para a própria indústria.

O tratamento de resíduos sólidos e líquidos da indústria animal é uma questão importante. Isso porque envolve o meio ambiente que pode ser prejudicado caso o tratamento não seja adequado, mas também envolve a própria indústria que, ao utilizar técnicas apropriadas, pode se beneficiar financeiramente dessa etapa. As alternativas para o tratamento de resíduos sólidos e efluentes da indústria de pescado foi um dos temas da primeira reunião técnica realizada entre a Rede de Pesquisa Aquabrasil com indústrias do setor de pescado da região norte do Paraná e oeste de São Paulo, realizada no dia 20 de julho, no Campus Regional do Noroeste da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em Diamante do Norte (PR).

Segundo Leandro Kanamaru, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, as tecnologias alternativas abordadas o evento seriam a compostagem das vísceras e carcaças de peixes, assim como a silagem e, no caso do tratamento de efluentes, um tratamento biológico para a redução da matéria orgânica desse efluente.

— Teríamos como fazer uma reutilização de todo o conteúdo orgânico grosseiro que sai da indústria e não tem aplicação imediata a fim de gerar um novo produto para reverter em receita para a própria empresa — afirma o pesquisador.

De acordo com ele, as unidades da Embrapa realizam trabalhos que viabilizam tecnologias para o aproveitamento desses resíduos e a Embrapa Pesca e Piscicultura está tentando adaptar essas tecnologias para as empresas que processam pescado.

— Seria a produção de fertilizantes orgânicos para a utilização em cultivos de mudas através da compostagem. Já a silagem serviria para a produção de um composto de utilização tanto na nutrição animal, como em outras diversas aplicações — explica Kanamaru.

Para ele, o principal benefício da técnica é o tratamento ambientalmente correto dos próprios resíduos da empresa. Ele explica que muitas delas não têm condição de viabilizar o destino correto desses resíduos. Além disso, a técnica oferece uma alternativa para a produção de um novo produto, como no caso da compostagem, por exemplo, que pode ser usada para a fabricação de um fertilizante orgânico, o que se reverteria em receita para a própria indústria.

— Fazendo um comparativo com a composteira que é feita na pecuária de corte ou em outras cadeias de produção animal, ela tem baixo custo de implantação, o que pode trazer benefícios para o produtor ou o industrialista, já que traz vantagens ambientais e de reversão de receita para a própria indústria — conta.

Já quando o assunto é a questão sanitária, Kanamaru afirma que, indiretamente haveria uma melhora na produção. Por isso, o pesquisador diz que é importante deixar claro que tanto a cadeia de produção quanto a cadeia de industrialização de produtos animais precisam estar abertas a tecnologias que envolvem o tratamento de seus resíduos sólidos e líquidos.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Pesca e Aquicultura através do número (63) 3218-2933.

O destino do lixo por tubulações subterrâneas

O sistema subterrâneo usado em Barcelona foi criado para as Olimpíadas de 92, funcionou tão bem na Vila Olímpica que se tornou exemplo para a cidade. Hoje, várias partes da Europa utilizam o mesmo modelo.

Desenvolvido pela sueca Envac, o sistema conta com “bocas” de lixo, eliminando as latas e os custos com coletas periódicas. A população deposita nessas bocas o resíduo de acordo com sua classificação. A partir daí entra a tecnologia, que suga as sacolas a mais de 70km/h em dutos 5m abaixo da terra. O destino são containers, que transportam os resíduos para uma usina de triagem. A matéria orgânica se transforma em energia enquanto plástico, lata e papel são reciclados.

“A ausência de caminhões de lixo evita odores, acúmulo de lixo e melhora o tráfego. Além das vantagens ambientais, o sistema proporciona um melhor aproveitamento do espaço urbano”, afirma Carlos Vazquez, chefe do Departamento de Gestão de Resíduos da prefeitura local.

Veja abaixo a reportagem do Jornal Nacional veiculada no ano passado:

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