McDonald’s planeja comprar “carne sustentável” a partir de 2016

O McDonald’s planeja diminuir sua pegada ecológica. A rede de fast-food anunciou (07/01) que começará a comprar “carne sustentável” a partir de 2016. O problema é que, como a própria empresa assumiu, não existe uma definição do que é uma carne sustentável. As informações são dos portais TreeHugger e The Huffington Post.

Os especialistas não têm dúvidas de que a carne e a indústria de laticínios são responsáveis por emissões de gases de efeito estufa. A decisão do McDonald’s surge, então, como uma forma de tentar ajudar a transformar a cadeia de fornecimento de carne.

O objetivo final da rede é terceirizar toda a carne a partir de fontes “sustentáveis”. Para isso, reuniu todos os interessados em ajudar na identificação de padrões úteis para transformar a compra e o consumo de carne em algo mais ecológico. Segundo a empresa, os parceiros incluem outros fornecedores e grupos ambientalistas como a WWF para formar a Mesa Redonda Global sobre Carne Sustentável (GRSB, na sigla em inglês).

O grupo já criou alguns princípios que devem ser ponderados na produção da carne, como meio de trabalho seguro e saudável aos funcionários, saúde e bem estar dos animais e do ecossistema. Os critérios também incluem a redução do desperdício, produção aprimorada e vitalidade econômica.

Segundo o calendário divulgado pela rede, o McDonald’s pretende apoiar o desenvolvimento de princípios e critérios mundiais em 2014, desenvolver metas para a compra de carne sustentável e começar a comprar essa “nova” carne em 2016.

Se der certo, a GRSB poderá reduzir significativamente os impactos de uma das indústrias mais destrutivas do planeta. Mas reduzir os impactos não é o mesmo que ser sustentável. Segundo especialistas, é difícil visualizar uma mudança se o mundo continuar consumindo carne nas quantidades atuais. Uma abordagem mais realista para a carne sustentável precisa incluir a redução da procura junto com a evolução da produção.

via Info Online

Ônibus movido a lixo completa 30 anos, mas tecnologia não recebeu aprimoramentos

Em 1984, ônibus movidos a gás metano rodavam com destaque na cidade de São Paulo. Era uma solução para a dependência do petróleo e para o problema do lixo. Mas com os primeiros problemas, projeto não foi aperfeiçoado. O ônibus a lixo ou esgoto é uma realidade em países como a Noruega.

Adamo Bazani

Apesar de hoje as questões ambientais terem ganhado mais espaço, pela maior degradação dos recursos naturais e da qualidade de vida da população mundial, a preocupação não é de agora. Além disso, depois das sucessivas crises do Petróleo, desde as Guerras Mundiais, passando pela revolução Islâmica de Alatoiá Khomeini, que abalou as estruturas dos países do Oriente Médio, até a atuação livre e sem precedentes da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo, as buscas de soluções que deixassem os transportes menos dependentes do diesel e gasolina, fizeram com que engenheiros e institutos de pesquisas brasileiros desenvolvessem verdadeiros avanços para tornar essa dependência do petróleo um pouco menor.
Infelizmente, por pressão da indústria petrolífera e de alguns fabricantes de motores diesel, além da falta de vontade política em prol de um transporte público mais limpo e eficiente, nem todas essas experiências, que poderiam ser aperfeiçoadas, foram levadas a sério, não indo para frente e rendendo os frutos esperados.
Foi o que aconteceu com os veículos como este ônibus da foto. No final dos anos de 1970, uma parceria entre o IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas, a Mercedes Benz do Brasil, Finep – Financiadora de Pesquisas e Estudos do Ministério da Ciência e Tecnologia, a Sabesp (companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) e a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos – decidiu resolver dois grandes problemas de cidades como São Paulo: a poluição do ar provocada pela dependência do diesel e a destinação do lixo, cuja produção aumentava e os espaços para depósitos já iam ficando cada vez mais escassos.

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Surgia o gás metano como combustível para ônibus. A lógica de utilização era simples. Em vez de jogar na atmosfera o gás emitido pela queima ou decomposição do lixo, este, transformado em biogás, poderia ser convertido em fonte de energia automotivo. Além da decomposição ou queima de lixo, o gás metano está presente na extração de combustível mineral, em fontes naturais como pântano e até na digestão de animais herbívoros.
Sozinho, o gás metano provoca calor e é um dos responsáveis pelo efeito estufa, o que ocasiona o tão real e temido aquecimento global. Mas processado, pode ter seu efeito poluente menor, sendo menos agressivo ao ar que a queima do óleo diesel e não é desperdiçado nos lixões, que provocam um impacto ambiental negativo muito relevante nas regiões onde estão instalados.
Depois destes estudos, em 1983, a Mercedes Benz já colocava em testes seus Monoblocos O 362 em funcionamento, a título de testes. A CMTC era uma companhia inovadora. Com recursos públicos, ela fazia investimentos e trazia novidades que jamais viriam da iniciativa privada. Como ônibus a gás metano não foi diferente. Um ano depois dos testes na Mercedes, em 1984, praticamente uma linha inteira funcionava apenas com ônibus a gás metano. Era a CEASA – Lapa. A experiência foi bem sucedida e, em 1987, havia mais de 20 veículos em circulação. Um dos locais de abastecimento dos ônibus, onde havia uma espécie de processadora do gás, era o lixão da região de Interlagos, na zona Sul de São Paulo.Alguns problemas técnicos surgiram, mas nada que aperfeiçoamentos não pudessem contornar. Hoje o gás metano, no mundo, é ainda usado como combustível. Exemplo é Oslo, na Noruega, que opera 80 ônibus movidos pelo gás obtido pela emissão de esgoto da região. O lixo é ainda visto como fonte de energia para outros tipos de ônibus,como para o trólebus, o que aumentaria os ganhos ambientais já apresentados pelos ônibus elétricos. A Tuttotrasporti, a Ibrava e a Iluminatti desenvolveram projetos, ainda não assimilados pelo poder público, pelos quais a queima de lixo poderia gerar energia elétrica para os trólebus.
O ônibus elétrico, por si só, já resolve o problema da emissão de poluentes. Com a idéia, ajudaria também na problemática questão do lixo.
A foto, do Informativo número 137 do IPT, de julho de 1987, mostra que o País tem profissionais capacitados e soluções ambientais e econômicas que não são de hoje. Basta um pouco mais de políticas voltadas ao transporte com combustíveis alternativos.
Comprovadamente, o lixo deixa as operações por ônibus mais baratas. Nos estudos de 2008 de Oslo, Noruega, o biogás de metano chegava a custar 40 centavos de euro menos por litro que o diesel convencional.
Se nos anos 80, a CMTC, com seu pioneirismo, conseguiu colocar um ônibus assim para rodar, sem ainda os avanços tecnológicos dos motores eletrônicos, e das usinas mais modernas de processamento de lixo, imagine agora o que poderia ser feito. Exemplo atuais no mundo existem e mostram-se bem sucedidos.

Adamo Bazani, busólogo, repórter da CBN e que sabe que o lixo de um problema, pode se tornar uma solução, desde que haja investimentos em tecnologias que nós mesmos temos condições de desenvolver.

via Ônibus Brasil

Ação da Comlurb mostra montanha de lixo deixado em Copacabana

Ações que buscam evidenciar os malefícios causados ao meio ambiente por nossas próprias atitudes são sempre bem vindos. Não é de hoje que o problema do lixo deixado nas areias das praias fique a cargo de garis e ações voluntárias, sendo necessário cada vez mais pessoas e investimentos envolvidos. Essa poluição que atinge a nós mesmos, nossos mares e outros seres vivos poderia ser evitada com ações simples.

Contra essa falta de consciência de parte da nossa população, que desfruta o verão e esquece da educação, a COMLURB-RJ (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) juntamente com o projeto voluntário “Rio, Eu Amo, Eu Cuido”, promoveram uma ótima campanha para mostrar o tamanho do problema.

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Na última terça-feira (21/01), a praia de Copacabana acordou com uma montanha de 40 toneladas de lixo recolhido em um só dia de praia cheia, envolvido por um laço vermelho. Para Ana Lycia Gayoso, coordenadora do movimento Rio Eu Amo Eu Cuido, a iniciativa foi a forma de tentar mudar as atitudes dos cariocas e visitantes:

– Fizemos essa montanha de lixo com o laço de presente e as faixas para mostrar que o carioca deixa na praia presentes horríveis para a cidade. Só se chocando que a pessoa vê o quanto ela está se alienando no seu papel de cidadão. Temos uma praia maravilhosa como essa e as pessoas fazem questão de “esquecer” o lixo na areia. Se cada um fizesse a sua parte, levasse o que consumiu na praia para fora dela e descartasse no lugar correto, a gente não teria esse problema. Encontramos aqui muita latinha, fralda descartável usada, cartelas de remédios, carrinho de feira, cadeira de praia, enfim, é como se a praia fosse um lugar para descartar qualquer coisa e isso não pode ser assim.

Com certeza a preservação irá manter qualquer área natural mais viva e receptiva por mais tempo, é essencial que tenhamos mais respeito com nosso “quintal de casa”.

via EcoDebate